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Pilantras com o Ventor

O gato Ticas, nos trilhos do Ventor

Pilantras com o Ventor

O gato Ticas, nos trilhos do Ventor

A foto no cabeçalho é uma representação da batalha naval de Sinop, a qual fez parte de cerca de 300 anos das guerras russo-turcas. Já que o Ventor não diz nada, falarei disso por aqui. Rascunhos do Quico.

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Corujas no Lugar do Sol

As Corujas no Lugar do Sol, foram por uma tarde, companheiras do Ventor.
 

Quando o Ventor caminhava entre as flores, observando roseirais bravos e fotografando umas e outras, aproveitando para fazer uma das suas poucas caminhadas, procurava observar, na mata em redor, alguma rola brava, rouxinóis, pintassilgos e outros amigos que por lá caminham ao lado dele. Mas o matagal é tão denso que, raramente, tem possibilidade de fotografar quaisquer deles, por muito grande que seja. Antes disso acontecer, o Ventor disse-me que tem de perguntar a eles, em italiano, com uma voz muito delicada ... "permisso"!

Claro que, de vez em quando, algum desses companheiros de caminhada permite que o Ventor coloque a máquina em frente da cara e dá-lhe tempo para fazer o "shot". Até parece que se riem da atrapalhação do Ventor quando, após o "click", ele fica estupefacto com a paciência do seu amigo que o observa com toda a calma do mundo e parece dizer-lhe: "vá. lá, Ventor, despacha-te! Tu não te contentas só com uma"!

 

Flores pendurads no Lugar do Sol

Não foi o caso de um casal alado, grandes como os gigantes que enfrentaram os deuses.

Do meio do matagal, saíram duas corujas das torres, junto às árvores e roseiras, passando para o lado contrário daquele que o Ventor se encontrava e pousando lá para o extremo do local onde costumam acoitar-se aquelas grandes corujas. Uma, se calhar, uma daquelas, já desceu pela chaminé do Lugar do Sol e fez tanto barulho que colocou em estado de alerta geral os ocupantes todos, tendo os perdigueiros feito tal barulheira que parece ninguém ter dormido num raio de quilómetros, em volta.

Até uma coruja deve saber como é descer por uma chaminé para contar às outras como foi. E ela já contou porque os donos da chaminé conseguiram safá-la dos cães. Agora já não voltará a descer mais. A passagem foi-lhe vedada!

O Ventor disse-me que gostaria tanto de as fotografar que até apanharia uma ratazana para lhe dar de petisco. Nah! Isso é o que ele diz!

Mas aquele local é ideal para elas. Muros velhos, destruídos e cobertos de roseiras, matos e árvores que tapam os muros e elas ali, no meio das pedras e da mata estão no seu mundo. Depois há lá todo o tipo de bicharada que ninguém consegue ver. De dia dormem, de noite caçam em espaços abertos. Uma maravilha aquele pequeno mundo daquelas corujas.

 
Uma coruja tirada da wikipédia
 

Ali só têm de fugir dos amigos do Quico. Fugir do Stick, do Gaspar, do Messi, da Maria e do Gastão. De resto, dormir e caçar para sobreviver! Antes de ver as corujas e no mesmo sítio onde o Ventor tinha visto um coelhinho da penúltima vez que esteve no Lugar do Sol, tinha visto um lagarto. Estava a apanhar sol entre as ervas e, mal viu o Ventor, "ala que se faz tarde"! O Ventor ia a pensar como é que o lagarto lhe escapara à foto e já as corujas iam no ar, a voar pausadamente. E, se o Ventor adivinhasse que elas estavam ali, sobre o muro, escondido nos amieiros, tinha feito de paparazzi.

Mas o Ventor já me disse: "estão na fila"!